top of page

Diálogos da Psicologia

Trarei constantemente alguns temas do cotidiano para elucidar algumas questões sobre problemas e situações que vivemos e que as vezes não conseguimos gerenciar.

Psicanalista em São Paulo.
O luto nos relacionamentos

por Oswaldo Adriano Castelan

 

Independente do motivo do rompimento de um relacionamento, seja ele o fato de você não esperar pelo final do relacionamento ou por estar planejando seu rompimento, sabemos que isso nos traz uma das maiores dores que uma pessoa pode passar.

 

Em geral nós fomos feitos para viver em contato com outras pessoas, nos relacionando com elas, seja por amizade, amor, dependência e, mesmo em relacionamentos ruins, temos a impressão de uma certa parceria, ilusão ou possibilidade de contar com a outra pessoa em alguns momentos; além do fato de que de toda forma o ser humano é feito de rotinas. Chegar em casa e encontrar sempre a aquela  pessoa, ou final de semana receber sempre aquela ligação , que mesmo que não seja a pessoa ideal, ainda assim há um certo sentimento de “aconchego”. Perder esse "status", essas condições que por vezes nos deixa na "zona de conforto, para evitar o confronto" é muito dificil de lidar e doloroso.

Se não há planejamento de um rompimento, a dor e o sofrimento são agravados, pois amamos esta pessoa e não conseguimos nos imaginar longe dela. Algumas vezes acontece de surpresa – não havia sinais de insatisfação por parte da outra pessoa, ou porque ele tomou esta decisão repentinamente ou porque não tinha habilidades para ir colocando suas insatisfações.

Porque relacionamentos acabam?

As pessoas crescem, mudam seus valores, acabam iludindo-se e achando que vão mudar os comportamentos do outro e por outras vezes o sentimento simplesmente vai se esvaindo, a rotina pode ser reconfortante para alguns mas para outros pode ir deixando lacunas que um dia se percebem enormes.

 

Algumas vezes um manifesta comportamentos e necessidades, que parecem ao outro como coisas pequenas e insignificantes. Esperamos as vezes compreensão e flexibilidade e as vezes pensamos oferecer isso também. Talvez acreditassemos que a reclamação do outro não seria suficiente para acabar com o relacionamento.

 

As vezes há a traição, que é algo grande. Muitos não superam o fato de serem traídos, por mais que o outro garanta que não houve grandes envolvimentos e nem continuidade.

 

Muitas vezes os relacionamentos são rompidos porque ao conhecermos a outra pessoa, pouco a pouco percebemos que aquela impressão inicial não corresponde a realidade da personalidade do parceiro, nos iludimos por algumas caracteristicas apresentadas em momentos em que estamos frágeis ou em processos de idealização. Algumas pessoas se esforçam por parecerem interessantes no inicio do relacionamento mas aos pouco percebemos que tratava-se apenas de uma forma de como essa pessoa gostaria de ser, uma imagem projetada do melhor que a pessoa gostaria de oferecer e não de como ela é de verdade.

 

Como superar a dor do fim de um relacionamento

Seria ótimo termos uma receita de cabeceira, ou uma bula de remédio que amenizasse e extinguisse essa dor, porém o processo de final e termino de um relacionamento é muito subjetivo, depende da estrutura psicológica da pessoa, suas vivências, suas frustrações e como lida com elas, e outros fatores sociais e economicos que devem também serem levados em consideração.

 

Mas independente de tudo isso, o ideal é sempre pensar em sí neste momento, reconstruir-se. Aproveitar as vivências, mesmo que este rompimento  não tenha sido sua escolha, e use este turbilhão emocional como informações que você está tendo a seu próprio respeito. Com certeza você está aprendendo muito sobre si mesmo, talvez esteja tendo reações que nunca imaginou que seria de seu feitio. Você poderá ter pensamentos e comportamentos que o faz não reconhecer a si mesmo, pois as vezes nos sujeitamos a situações desconfortáveis para manter o relacionamento e, por vezes deixamos de ser nós mesmos. Mas saiba, que tudo isso pode ser usado a seu próprio favor. Você pode crescer e se renovar, e isso em geral é o que acontece - um crescimento pessoal irrefutável.

 

Caso sinta que precisa de uma mão, alguém para estar junto e usar todo o conhecimento sobre a dor humana para que você passe por este momento e renasça uma pessoa melhor ainda, conte com o psicólogo.

 

Sentimentos de dor fisica, angústia, medos, fobias podem surgir pois, diante do rompimento, o indivíduo sofre um luto, reagindo à perda do objeto de amor.  O luto pode ser definido por um estado de espírito penoso, em que o interesse pelo mundo externo diminui e os pensamentos costumam girar em torno deste objeto perdido.

 

Apesar de ser doloroso, o luto é um processo natural e necessário, que não deve ser visto como patológico, a menos que se estenda por um longo período. Vale salientar que sua duração varia de pessoa para pessoa (Freud, 1974; Marcondes et al, 2006).

 

É comum que surja a sensação de confusão e de não compreensão do motivo que levou àquela situação, por isso o importante dentro desse turbilhão de sentimentos e pensamentos, é procurar a calma, a reflexão, aprender a lidar com a frustração e ser positivo. O fim de um relacionamento costuma acontecer quando ao menos uma das partes se depara com uma situação que, ao seu ver, não poderia ser resolvida de outra forma. Sendo assim, o término seria a única solução viável.

 

Embora o sentimento de culpa traga a necessidade de reparação e resolução das “questões pendentes” com o outro, é importante entender que nem sempre há culpados e que o fim de um relacionamento não significa fracasso, mas sim escolhas e possibilidades.

 

Na tentativa de aplacar estes momentos, podem surgir sentimentos de raiva e ódio, numa tentativa de amenizar a dor e o sofrimento, trazendo a sensação alívio por não ter perdido nada de grande valor (Klein & Riviere, 1975).

 

É comum que os pensamentos estejam voltados ao ex-companheiro, trazendo dúvidas sobre como ele estaria se sentindo, como tem lidado com a nova situação, o que tem pensado a respeito do relacionamento etc., e isso fica por um tempo no processo de luto. Se esse processo perdurar por muito tempo, meses e anos, há a necessidade de intervenção psicanalitica e em alguns casos psiquiátrica. Após um tempo de afastamento, estes questionamentos tendem a diminuir e aos poucos, toda energia dedicada ao outro, pode ser reinvestida em si próprio.

 

Neste momento, pode ser de grande valia voltar a realizar atividades que tragam prazer, como fazer exercícios físicos, sair com seus amigos, dedicar-se ao trabalho, enfim, encontrar formas de investir em si mesmo. Procurar se isolar pode não ser uma alternativa sadia, a menos que seja nos primeiros dias do rompimento. O ideal é procurar fazer o que lhe traz prazer, criar um novo planejamento individual, reavaliar os horizontes e possibilidades.

 

É natural que queiramos evitar as situações de sofrimento, entretanto, querer fugir destas fases não resolverá o problema, nem aliviará a dor. Com uma passagem adequada pelo período de luto, torna-se possível reconhecer que estar solteiro pode, sim, ser positivo. Caso você perceba que não consegue lidar sozinho com o fim do relacionamento, conte com a ajuda de um psicólogo ou psicanalista. Faça uma psicoterapia de apoio.

 

Referências

 

FREUD, S. Luto e Melancolia. In: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, vol. XIV. Rio de Janeiro: Imago, 1974.

KLEIN, M. & RIVIÈRE, J. Amor, Ódio e Reparação. São Paulo: Imago, 1975.

Psicanalista em São Paulo.
O trauma do Desemprego

por Oswaldo Adriano Castelan

 

Perder o emprego pode ser uma das ocasiões mais dolorosas e traumáticas que você enfrentará. Pode afetar todos os aspectos de sua vida, das relações interpessoais até mudanças no sono. Pode causar sentimentos de ira, inadequação, medo, vergonha, fracasso, isolamento e constrangimento, só para citar alguns. De fato, se você ficar desempregado por muito tempo, pode desenvolver uma depressão situacional.

 

“A perda do emprego é uma das maiores experiências de modificação de vida que alguém pode enfrentar. Seu impacto negativo só é superado pela perda de um ente querido ou pelo rompimento da família”, disse Fred M. Riley, ex-comissário dos Serviços Familiares SUD e terapeuta mental licenciado (entrevista de 21 de janeiro de 2010) .

 

Depois da morte de um filho ou de um divórcio, a perda do emprego é sentida por muitos profissionais como provavelmente, a ocasião mais terrível da vida. Principalmente quando há dependentes desses rendimentos, isso evoca fatores financeiros e sociais que agravam a nossa situação. 

 

 

O que torna a perda do emprego tão traumática é o golpe devastador que isso dá à autoestima, pois sempre trazemos pra nós a responsabilidade como: "Será que não sou capaz?", "O que fiz de errado?", "Porque isso aconteceu comigo?", e nem sempre o problema está em nós. Lembre-se que quando se é demitido, por qualquer que seja a razão, a mensagem implícita ou subliminar que se recebe é: “Sou um fracasso!", "Não sou bom o bastante!", "Não importa se há crise econômica, se eu fosse mesmo bom, eles teriam me mantido”. Ou seja, começamos com uma rajada de disparos negativos e auto-destrutivos a nós mesmos.

 

Isolamento e Comportamento Contraproducente

A perda repentina do emprego pode levar ao isolamento, funciona praticamente como o processo de luto nos relacionamentos elucidado no diálogo acima. Porém uma grande diferença entre os dois tópicos é que quando uma pessoa passa por um divórcio ou outras experiências dolorosas, tende a compartilhar a dor com aqueles em quem confia. Ela conversa com colegas de trabalho, amigos e familiares. Consequentemente, há sempre alguém para confortá-la e aconselhá-la. De modo inverso, quando a pessoa perde o emprego, a última coisa do mundo que deseja é dizer a alguém o que aconteceu, temendo que os outros possam considerá-la uma fracassada.

 

Ela entra em um “cone de silêncio” e termina por isolar-se justamente das pessoas que estariam mais dispostas a ajudar. Infelizmente, essa tendência de se esconder atrás das barreiras que ela mesma cria e de limitar a interação social é contraproducente na busca de outro emprego. O ideal é centrar-se, procuar livrar-se de auto-punições, auto-sabotagens pois pode aumentar muito a dificuldade de sua busca.

 

Uma pesquisa aponta que 70 a 80% de todas as vagas de emprego são preenchidas por pessoas que fazem uma rede de contatos, os famosos networkings. Aproveite cada oportunidade, cada fórum possível, para informar a todos com quem entra em contato que está procurando emprego. Elevará sua auto-estima e melhorará sua relação com amigos e colegas que não mantinha contato.

 

Uma terapia de apoio é indicada nesses casos para possibilitar sua volta mais rápida ao foco, sua real situação e os passos que terá que tomar para voltar ao mercado de trabalho.

Psicanalista em São Paulo.
Aprenda a dizer Não!

por Oswaldo Adriano Castelan

 

A vida de qualquer individuo seria muito melhor se para coisa que não quiséssemos disessimos "NÃO" e nunca um sim ou um talvez.


Existe uma grande dificuldade com a palavra NÃO que ainda não sabemos dominar e acabamos disfarçando sentimentos atitudes que muitas vezes, sem querer, dão uma falsa sensação de que foram resolvidos. Quantas vezes a gente se coloca em uma saia justa quando acabamos por aceitar algo que vem de encontro aos nossos valores éticos e morais por não sabermos dizer um NÃO!

Isso sem contar o grande numero de pessoas que se aproveitam de nossa situação por saberem que temos a dificuldade em dizer não, causando-nos uma profunda culpa na alma se dissermos NÃO!

 

Realmente essa palavra tem algo de negativo, algo que desagrega, algo autoritário, um sentido de abandono. 
Observe a força dessa palavra quando é dita para uma criança que ouve o ‘NÃO!’ da mãe quando a criança quer algo que não se pode dar e ao mesmo tempo olhe para o coração partido da mãe quando tem que dizer esse NÃO!  


Porem um simples "NÃO" de nossa parte poderia ajudar muitas pessoas a se encontrarem em seu caminho. Quantos de nós alimentamos fantasia das pessoas que nos cercam? Que pela falta de coragem de enfrentar alguns constrangimentos , pedem a nossa ajuda. No entanto com essa atitude estamos impedindo essa pessoa de crescer e desenvolver wseu processo cognitivo; mesmo sabendo disso nunca dizemos NÃO! Continuamos a alimentar os erros e fantasias dessas pessoas.

Pais tratam seus filhos após uma separação como crianças, alimentando assim suas frustrações e como consequencia de não saber lidar como individuos e que, lá no final da vida, serão homens velhos e despreparados para cuidarem de si, eternamente dependentes dos pais. Quando se diz NÃO em situações assim, não estamos renegando o filho ou a filha; estamos, sim, colocando limites e regras para que no futuro possam saber lidar com suas frustrações e tomarem o controle de suas vidas.

Pessoas que sentem culpa por acharem que o casamento é um anular-se como pessoa, viram escravas psicologicas de seus parceiros, aguentandouma vida de mau humor, reclamações, sentado no sofá. Uma vida de anulação. Dizer "NÃO" para essa situação, é dar um basta para sí e para o companheiro, colocando os dois no caminho do crescimento, pedindo respeito e sabendo respeitar acima de tudo a individualidade dentro da relação. 

 

Sem contar as pessoas que carregam sozinhas nas costas o pesso de ter varias pessoas como seus dependentes financeiros. Dando-lhes o alimento na boca, feito uma ave alimentando seus filhotes ávidos por comida, apenas por não saber dizer "NÃO"!

Precisamos urgente aprender a dizer NÃO! Só assim você fará com que as pessoas cresçam realmente à sua volta, fará com que as pessoas não tenham medo de enfrentar a vida de frente, aprendendo a andar sozinhas. E o mais importante: vamos aprender a dizer NÃO A nós mesmos; vocês verão que é a melhor maneira de crescermos na vida.
 

Contato:

     tel (11)-95232-9458

     e-mail: oacastelan@yahoo.com.br

OAC WhatsApp.png
Oswaldo Adriano Castelan Psicólogo em São Paulo
bottom of page